quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

sobre o ofício de livreira

Continuando o assunto dos correios, para encerrar, que daqui a pouco isso aqui vira um blog de livreiro virtual, consegui postar com registro módico no Largo do Machado. Só que o cara também falou que devia ir aberto, o que recusei, e falou para escrever "impresso" no envelope. Na agência da Lapa também foi possível, mas dessa vez tive que escrever outra coisa ainda: "pode ser aberto pela ECT". Ora, não basta o atendente verificar que se trata de um livro!? Enfim, o lance agora é postar nessa agência da Lapa e ficar conhecida. Pronto!

Mas além dessa parte dificultosa tem uma parte bem bacana de ser livreiro virtual. Ficar imaginando aqueles endereços, lugares de todo Brasil para onde seguem os livros... como faltam livrarias e sebos no Brasil!

Outra coisa interessantíssima são os achados que fazemos dentro dos livros antigos, verdadeira garimpagem de memórias... fotos, papéis de bala, entradas de cinema, teatro, marcadores de livro... Selecionei dois desses achados para mostrar aqui:

o primeiro estava no livro As Impurezas do Branco, do Drummond,



aliás, a capa desse livro é uma coisa,

dentro dele, um pequeno recorte de jornal:



prova concreta de que o leitor de poesia passa a vê-la nas coisas mais prosaicas...

O outro achado foi no Diário de Lúcio Cardoso, o seguinte bilhete:



É por isso que amo livros. Virtualidade nenhuma substitui essa presença amiga, matéria de tantos abrigos.

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