terça-feira, 13 de julho de 2010

aprendendo a fazer um patchwork

Elzinha fazendo bagunça, tirou a roupa velha e exige uma nova! Ao lado seu irmãozinho que está pra nascer...


Cheiro de chuva, acabei de cortar os quadradinhos para o desafio do meu primeiro patchwork e vim aqui blogar um pouco. Patchwork nada mais é do que trabalho com retalhos, isso todo mundo sabe. Mas o que a gente não sabe são as mil dicas que estão por trás de um trabalho bem feito. O primeiro desafio é a precisão no corte e depois, na costura. Isso tudo aprendi no blog da Sonia Regina, o Criar com Tecidos, ela coordena também um grupo de e-mails bem bacana, onde todos trocam experiências e dicas de aprendizado no patchwork. Quer dizer, aprendi na teoria. Agora estou aprendendo na prática.


E é sobre isso que eu ando divagando. Tanto quanto os materiais são transformados, cortados, costurados, eu mesma encontro oportunidade para me recriar. As pessoas procuram o artesanato ou as artes como uma terapia, uma forma de relaxar a mente fazendo algo com as mãos, mas essas atividades podem ser terapêuticas também num outro sentido. É terapêutico se observar, entrar em contato com o corpo, com as emoções, tanto quanto com os materiais, durante o processo de criação.

(tentando ter um visão geral)

Então, o que posso observar é uma mudança gradual na minha forma de me relacionar com a minha vida. Tipo, sabe quando você entra numa ansiedade e pensa em "se livrar" de certas coisas chatas que você precisa fazer? Só que as coisas chatas, ou que você supõe chatas, compõem, e muito, a vida, então ao se livrar delas, você também está perdendo sua própria vida... é mais ou menos o que venho meditando ao cortar os quadrados com a maior precisão possível. Aí a coisa vira uma curtição, ainda que não seja fácil.

Como boa capricorniana acho que o prazeroso nem sempre é o fácil.


A parte fácil pra mim é a da combinação de cores. E pra vocês?

Um comentário:

  1. Mary, pra mim a melhor parte é mesmo escolher os tecidos e o projeto. Gostei do seu texto, da reflexão que faz sobre o efeito positivo provocado pelas manualidades dentro de nós. Feliz é aquele que consegue aproveitar em sua totalidade a dimensão que um trabalho dessa natureza possui. Muitas vezes cortar e costurar os retalhos é um mero pretexto para transformações que se vão operando em nossos pensamentos, nossos pontos-de-vista e nosso olhar para a vida.
    O espaldar que está construindo vai ficar lindo, pois a escolha dos tecidos aponta para isso e também o capricho no recorte e na disposição desses tecidos. Quero acompanhar até ficar pronto.
    Parabéns!!
    Beijos,
    Regina

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